30 novembro 2010

O leite animal na dieta humana.


Eu particularmente não bebo leite há muitos anos e também não tenho sentido sua falta, o mesmo não acontecendo com os queijos, os quais, sou grande apreciador.
Sempre soube que o leite de origem animal é benéfico para suas crias, ou seja; o leite da vaca para o bezerro, o da cabra para o cabritinho, etc., pois contêm os nutrientes necessários ao desenvolvimento daquele filhote ou daquela espécie e mesmo sendo os mesmos nutrientes do leite humano, como o cálcio e fósforo por exemplo, suas proporções não são adequadas ao sistema digestivo humano.

Sabemos que o leite de vaca contém três vezes mais cálcio que o leite humano, parece bom, mas não é. Também uma proporção de fósforo e cálcio que ao final, não permite a absorção do cálcio pelo organismo. Dependendo da sua herança genética os humanos não dispõem da lactose, a enzima necessária para a quebra da molécula de açúcar, presentes no leite, o que conturba a digestão.

Muitas pessoas sentem sempre peso abdominal, gases, acidez, dificuldades de obrar, para o sistema digestivo humano é difícil dar conta do leite de vaca pois esta preparado para digerir e aproveitar o leite humano. Quando criança temos mais lactase, quando essa interrompe devemos interromper também o consumo de leite. Essa situação provoca excesso de acidez e na metabolização o alcalino é retirado e uma das maiores fontes de alcalino do organismo é justamente o cálcio já fixado nos ossos, ou seja, o leite de vaca dá o cálcio com uma mão e retira com duas. Países que insistem que as mulheres tomem mais leite para compensar a perda de cálcio na idade, também contabilizam os maiores índices de fraturas ósseas e osteoporose.

A maior parte da proteína contida no leite de vaca, algo em torno de 80%, é a gordura caseína, que responde também pela formação de tumores cancerígenos, pois a caseína é alimento das células tumorais em seu estado ainda embrionário, as chamadas células foci. Nesse sentido se alguém nasce numa família com predisposição genética para formação de câncer, e se alimenta fazendo uso de leite, o fator cultural é agregado ao genético e a probabilidade aumenta.

Os animais produtores de leite são hoje mantidos em sistema de semi-confinamento, onde é necessário uma grande massa de componentes alimentares entre massa verde, cereais e grãos em função da maior produtividade de leite. Além das pastagens naturais que demandam derrubadas de florestas em grandes áreas, necessárias também as áreas para produção de alimentos que estão constantemente agredindo o meio ambiente pela utilização de agrotóxicos que acaba por destruir a biodiversidade.

Outro fator preocupante são os excrementos desses animais, que consomem diariamente algo em torno de 25 quilogramas de massa e 20 litros de água, que geram o gás metano e soma-se a esse os gases produzido durante a digestão, estomacais e intestinais, que são levados à atmosfera e em contato com o ozônio, o reduz, provocando o tão comentado buraco na camada de ozônio, considere-se ai nossa responsabilidade por sermos atualmente o país com o segundo maior rebanho bovino do mundo algo em torno de 205,3 milhões de cabeças.

A substituição do leite animal por leite de origem vegetal, é saudável e eles contêm todos os nutrientes e minerais necessários. Alguns como o coco, aveia, arroz, milho verde, castanha do Brasil, castanha de caju, amêndoas, amendoim, avelãs, soja podem transformar-se em excelente fonte de nutrientes quando transformados em leite. A ingestão de dois ou três tipos desses leites pode trazer grandes benefícios ao corpo humano, além do que esses leites contêm enzimas que não são destruídas pelo processo de pasteurização necessário no caso da produção do leite de vaca. Além de serem ricos em proteínas e minerais ajudam a compor a dieta das pessoas que se abstém de consumir produtos de origem animal.

(Fonte de pesquisa: Entrevista de Sonia T. Felipe – Dra. Bioética –Univ.Lisboa)
Foto Ilustrativa

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