29 abril 2010

Implante de Fibroblastos - Adeus às rugas

Nova terapia é utilizada para prolongar a jovialidade da pele.

O envelhecimento facial atinge o ser humano provocando marcas e sinais de expressão que denotam a idade e causam desconforto visual no convívio social. Diversas técnicas cirúrgicas e procedimentos ancilares foram desenvolvidos para a atenuação destas marcas, mas nenhum deles restabelece a produção do colágeno e dos fibroblastos. A engenharia tecidual, termo definido em 1987 durante o Congresso de Bioengenharia de Washington, estabeleceu um campo multidisciplinar de estudos, que engloba principalmente conhecimentos de engenharia de materiais e ciências biomédicas. Esta engenharia caracteriza-se pelo desenvolvimento e manipulação de moléculas, células, tecidos ou órgãos, utilizada para o restabelecimento da função de partes do corpo injuriadas ou defeituosas. Os elementos necessários para a aplicação dos princípios da engenharia de tecidos estão baseados na tríade: (1) cultivo de células apropriadas (fibroblastos, osteoblastos, células-tronco, entre outras); (2) matrizes (arcabouços, “scaffolds" ou carreadores) confeccionadas em colágeno, osso ou polímeros sintéticos e; (3) adição de mediadores solúveis, como, fatores de crescimento e adesinas (UEDA et al., 2000). As estratégias da engenharia tecidual, através do cultivo celular humano para aplicação clínica, estão sendo desenvolvidas em diferentes especialidades médicas para reposição de cartilagens, ossos, componentes cardiovasculares e pele. (FRESHNEY, 1999; MALEKZADEH et al., 1998).
Objetivo
Restabelecer a produção de colágeno elastina da pele para minimizar ou prevenir as marcas do envelhecimento facial.
Metodologia
O processo é baseado na coleta de um fragmento de pele no tamanho de 1 cm2 que é enviado ao laboratório de cultura celular, onde os fibroblastos são separados das outras células da pele e tratados com fatores de crescimento, que estimulam a sua multiplicação. Depois de 4 semanas, os fibroblastos cultivados são acondicionados em seringas de 1 ml com agulha fina, prontas para a aplicação. Após anestesia tópica, o material é injetado na derme. A quantidade a ser injetada vai depender da necessidade de cada paciente.

O resultado vai aparecer com o tempo. Em geral, os intervalos serão definidos de acordo com a cultura individual e as aplicações poderão ser feitas em 4 sessões com intervalos médios de 15 dias. O resultado não é imediato, já que não se trata de um preenchimento e sim de uma estimulação celular. As células injetadas vão se integrar à pele e começar um processo de restauração da derme, produzindo colágeno e substâncias da matriz extracelular. O resultado é a melhora da qualidade da pele, decorrente da regeneração tecidual, que tem efeito rejuvenescedor e se mostrará perceptível algumas semanas depois da última sessão. Estudos realizados demonstraram uma permanência do grau de correção em torno de 70% em 12 meses e de 65% em 36 a 48 meses.
As células podem ser congeladas para uso no futuro. Os fibroblastos cultivados podem ser congelados em laboratório para serem utilizados no futuro.

Profª. Dra. Lilian Piñero Marcolin Eça



Graduada em Biomedicina pela Universidade Santo Amaro - OSEC (1978), doutorada em Biologia Molecular pela Universidade Federal de São Paulo (2004). Atualmente é consultora técnica do Banco de Cordão Umbilical - BCU BRASIL, presidente do Instituto de Pesquisas de Células tronco - IPCTRON, diretora científica do Curso de Extensão Universitário: "A pesquisa de células tronco" e do curso lato-senso: "A Bilogia Celular e Molecular na Medicina Atual-Células Tronco" , coordenadora científica da Associação de Engenharia de Tecidos - ABRATRON, autora do livro: Biologia Molecular - Guia prático e didático, docente com experiência na área de Biologia Geral, com ênfase em Biologia Molecular e pesquisadora experimental com células tronco mesenquimais em reparação óssea de fissura palatal,cartilagem traqueal e nó atrioventricular.

24 abril 2010

Moyamoya


Moyamoya doença foi descrita pela primeira vez Japão nas décadas de 1960 e desde então tem sido encontrado em indivíduos do Estados Unidos , Europa , Austrália e África .
O nome Moyamoya significa "nuvem de fumaça" em japonês, devido ao aspecto dos múltiplos vasos colaterais na angiografia cerebral, critério usado neste caso para confirmar o diagnóstico.
A doença cerebrovascular oclusiva crônica Moyamoya é caracterizada por progressiva estenose ou oclusão da parte distal da artéria carótida interna, bilateralmente.

Porque ela tende a manifestar-se nas famílias, os investigadores pensam que a doença de Moyamoya é o resultado de alterações genéticas hereditárias.
A incidência é maior na primeira década de vida (50% na idade pré-escolar), mas ocorre também na segunda e terceiras décadas de vida, com maior frequência no sexo feminino.


Em crianças, o primeiro sintoma da doença é frequentemente o derrame ou o ataque isquêmico transitório recorrente (TIA) comumente referido como “mini-cursos”, frequentemente acompanhada por fraqueza muscular ou paralisia que afeta um lado do corpo ou convulsões.

Nos adultos, na maioria das vezes, pode ocorrer uma experiência com Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico, devido à coágulos sanguíneos recorrentes nos vasos do cérebro afetado. Os indivíduos com este transtorno podem ter perturbado a consciência, déficits na fala (geralmente afasia), deficiências sensoriais e cognitivas, movimentos involuntários e problemas de visão.

Em relação ao tratamento, como ocorre uma interação entre o sistema imune e a parede do vaso, isto pode servir como base clínica para o uso de drogas anti-inflamatórias não hormonais. Em relação ao tratamento cirúrgico, na literatura revisada, encontramos a ressecção cirúrgica de parte da via simpática cervical, produzindo melhora clínica parcial.

Mais recentemente, obtiveram-se resultados muito favoráveis em crianças afetadas que, foram tratadas cirurgicamente através de encéfalo-duro-sinangiose . Esta cirurgia consiste na aproximação de parte da circulação da artéria temporal superficial à área meníngea, que resulta em uma circulação colateral pelo desenvolvimento de novos vasos sanguíneos, induzidos pela artéria doadora extracraniana, que restitui o fluxo para as áreas isquêmicas. Esses vasos sanguíneos não se desenvolvem somente nas porções distais das artérias, mas também vasos brotam nas regiões proximais. Há fatores de crescimento de vasos sanguíneos no líquor de pacientes com doença de moyamoya, que são responsáveis pelo desenvolvimento desta nova circulação.

Em conclusão, este tratamento cirúrgico descrito, apesar de poucos casos relatados, mostrou bons resultados em 50% e, nos outros restantes, houve alguma melhora da linguagem, fala e habilidades motoras. Destacamos a importância de pensarmos nesta patologia, no diagnóstico diferencial, em crianças com quadro sugestivo de acidente vascular cerebral, pois tendo a opção do tratamento cirúrgico de revascularização cerebral, poderemos minimizar os efeitos deletérios importantes que esta patologia provoca na vida dos pacientes e de seus familiares, melhorando em muito a vida atual e futura destes pacientes.
(Fotos ilustrativas)

19 abril 2010

Osteoporose

O que é?
Osteoporose é a doença óssea metabólica mais freqüente, sendo a fratura a sua manifestação clínica. É definida patologicamente como "diminuição absoluta da quantidade de osso e desestruturação da sua microarquitetura levando a um estado de fragilidade em que podem ocorrer fraturas após traumas mínimos". É considerada um grave problema de saúde pública, sendo uma das mais importantes doenças associadas com o envelhecimento.
 A fratura de femur é a consequência mais dramática da osteoporose. Cerca de 15% a 20% dos pacientes com fratura de quadril morrem devido à fratura ou suas complicações durante a cirurgia, ou mais tarde por embolia ou problemas cardiopulmonares em um período de 3 meses e 1/3 do total de fraturados morrerão em 6 meses. Os restantes, em sua maioria, ficam com graus variáveis de incapacidade.
 Em aproximadamente 20% dos casos pode ser identificada uma doença da qual a osteoporose é secundária e nos 80% restantes os pacientes são portadores de osteoporose da pós-menopausa ou osteoporose senil.
 Como se desenvolve?
O remodelamento ósseo é um processo contínuo de retirada de osso para o sangue e formação de osso novo, ocupando 20 a 30% do esqueleto a cada momento. Através do remodelamento, o tecido ósseo substitui células velhas por novas (o que ocorre em todos tecidos) e o organismo pode dispor de elementos importantes que são armazenados nos ossos, como o cálcio. 
 
Os osteoclastos são as células responsáveis pela reabsorção durante o remodelamento.
No início de cada ciclo de remodelamento os osteoclastos escavam o osso, formando lacunas na sua superfície e cavidades no seu interior. Após cerca de duas semanas os osteoclastos são deslocados pelos osteoblastos que em um período aproximado de três meses preenchem a área absorvida com osso novo. Até aproximadamente 30 anos de idade a quantidade de osso reabsorvido e reposto é igual. A partir daí, inicia-se um lento balanço negativo que vai provocar, ao final de cada ativação das unidades de remodelamento, discreta perda de massa óssea. Inicia-se, portanto, um lento processo de perda de massa óssea relacionada com a idade - osteoporose senil - no qual, ao longo de suas vidas, as mulheres perderão cerca de 35% de osso cortical (fêmur, por exemplo) e 50% de osso trabecular (vértebras), enquanto os homens perderão 2/3 desta quantidade. 
 
Além desta fase lenta de perda de massa óssea, as mulheres têm um período transitório de perda rápida de osso no qual a queda de estrógenos circulantes, que ocorre desde a pré-menopausa, desempenha papel importante. O período transitório de perda rápida pode se manter por 4 a 8 anos, nos quais a perda óssea chega até a 2% ao ano. O osso trabecular é metabolicamente mais ativo e mais responsivo às alterações do funcionamento do organismo o que pode explicar porque, neste tipo de osso, a perda óssea inicia-se, em ambos sexos, na terceira década e a massa total de osso declina 6 a 8% a cada 10 anos. Também a resposta à queda estrogênica é mais intensa, havendo grande aceleração do remodelamento ósseo e perda de 5 a 10% de massa óssea ao ano em 40% das mulheres - osteoporose da pós-menopausa. 
 
Observam-se, portanto, dois padrões distintos de alterações no funcionamento das unidades de remodelamento que levarão à osteoporose. Um é lento e dependente da idade - osteoporose senil - e relacionado com defeito na formação óssea; os osteoclastos produzem lacunas de profundidade normal ou até menores, mas os osteoblastos são incapazes de preenchê-las completamente.
 Já as modificações que ocorrem com a queda de estrógenos levam a um remodelamento onde há maior número de osteoclastos e cada um produz uma cavidade mais profunda; também há aumento da atividade dos osteoblastos que tentam corrigir o defeito mas não conseguem, caracterizando o remodelamento acelerado onde a atividade de reabsorção é maior e, no final de cada ciclo, haverá um declínio significativo de massa óssea - osteoporose da pós-menopausa. 
 
Fatores de risco para osteoporose:  
A massa óssea do adulto - pico de massa óssea - reflete o acúmulo de tecido ósseo ocorrido durante o crescimento. Parece chegar ao limite máximo ao redor dos 17 anos de idade, podendo estender-se até ao redor dos 30 anos.
Predispõem à osteoporose fatores que induzem a um baixo pico de massa óssea e aqueles que são responsáveis por perda excessiva ou baixa produção.
Genéticos:
Raça branca ou asiática, História familiar, Baixa estatura, Massa muscular pouco desenvolvida.
Estilo de vida:
Baixa ingestão de cálcio, Sedentarismo, Exercício excessivo levando a amenorréia (ausência de menstruação), Pouca exposição solar, Nuliparidade, Tabagismo,
Alcoolismo, Dieta vegetariana, Alta ingestão de proteínas permanentemente.
Alta ingestão de cafeína permanentemente:
Obs: Associado com os outros fatores
(Foto Ilustrativa)

16 abril 2010

Atenção e carinho com os idosos!


Sempre que dou aula de Clínica Médica a estudantes do quarto ano de Medicina, lanço a pergunta:
- Quais as causas que mais fazem o vovô ou a vovó terem confusão mental?
Alguns arriscam: "Tumor na cabeça".
Eu digo: "Não".
Outros apostam: "Mal de Alzheimer".
Respondo, novamente: "Não".
A cada negativa a turma se espanta.
E fica ainda mais boquiaberta quando enumero os três responsáveis mais comuns:
- diabetes descontrolado;
- infecção urinária; e
- a família passou um dia inteiro no shopping, enquanto os idosos ficaram em casa.

Parece brincadeira, mas não é.
Constantemente vovô e vovó, sem sentir sede, deixam de tomar líquidos.
Quando falta gente em casa para lembrá-los, desidratam-se com rapidez..
A desidratação tende a ser grave e afeta todo o organismo.

Pode causar confusão mental abrupta, queda de pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos ("batedeira"), angina (dor no peito), coma e até morte.
Insisto: não é brincadeira.
Na terceira idade, que começa aos 60 anos, temos pouco mais de 50% de água.
Isso faz parte do processo natural de envelhecimento.
Portanto, os idosos têm menor reserva hídrica.
Mas há outro complicador: mesmo desidratados, eles não sentem vontade de tomar água, pois os seus mecanismos de equilíbrio interno não funcionam muito bem.
Conclusão:
Idosos desidratam-se facilmente não apenas porque possuem reserva hídrica menor, mas também porque percebem menos a falta de água em seu corpo.
Mesmo que o idoso seja saudável, fica prejudicado o desempenho das reações químicas e funções de todo o seu organismo.

Por isso, aqui vão dois alertas.
O primeiro é para vovós e vovôs: tornem voluntário o hábito de beber líquidos.
Por líquido entenda-se água, sucos, chás, água-de-coco, leite.
Sopa, gelatina e frutas ricas em água, como melão, melancia, abacaxi, laranja e tangerina, também funcionam.
O importante é, a cada duas horas, botar algum líquido para dentro.
Lembrem-se disso!
Meu segundo alerta é para os familiares: ofereçam constantemente líquidos aos idosos.
Ao mesmo tempo, fiquem atentos.
Ao perceberem que estão rejeitando líquidos e, de um dia para o outro, ficam confusos, irritadiços, fora do ar, atenção:
É quase certo que esses sintomas sejam decorrentes de desidratação.
Líquido neles e rápido para um serviço médico".
Arnaldo Lichtenstein (46), médico, é clínico-geral do Hospital das Clínicas e professor colaborador do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

09 abril 2010

Se não quiser adoecer...

Se não quiser adoecer - "Fale de seus sentimentos"
 Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças
como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna.. Com o tempo a repressão dos sentimentos degenera até em câncer. Então vamos desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos pecados.O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia..

Se não quiser adoecer - "Tome decisão"
A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.

Se não quiser adoecer - "Busque soluções"
Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas.Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.

Se não quiser adoecer - "Não viva de aparências"
Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Se não quiser adoecer - "Aceite-se"
A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.

Se não quiser adoecer - "Confie"
Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.

Se não quiser adoecer - "Não viva SEMPRE triste!"
O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida
longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive.
"O bom humor nos salva das mãos do doutor".
Alegria é saúde e terapia.
( Dr. Drauzio Varela )

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