Fomos à busca da verdade daquilo que circula na internet como documento apócrifo que trata uma situação muito preocupante quanto à utilização de remédios nocivos à saúde do povo brasileiro e que são utilizados à larga, com ou sem receita médica, por não terem maiores informações de seus efeitos colaterais.
Renan Marino (CRM 35896), brasileiro, médico, professor auxiliar de ensino da FAMERP – Faculdade de Medicina de S. J. Rio Preto/SP, mestre em ciências da saúde desde 2006 por esta mesma instituição, com dedicação aos estudos epidemiológicos e investigação clínica de dengue nos últimos dez anos.
Corrobora as declarações e denúncias de Renan o toxicologista Anthony Wong do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas em entrevista (íntegra) ao UOL News, onde deu uma aula sobre o que se deve e o que não se deve fazer no uso do Paracetamol, admitiu não saber por que o remédio ainda continua no mercado e explicou que a dosagem perigosa varia de pessoa para pessoa.
É flagrante a defasagem do protocolo do Ministério da Saúde que insiste em indicar o Paracetamol nos casos de dengue, droga com maior potencial lesivo ao fígado em uso atualmente no mundo. Na prática funciona como um marcador de chances de ocorrência de agravos na evolução dos casos de dengue: quanto mais se usa Paracetamol mais complicações hemorrágicas e óbitos são registrados.
Como decorrência da indicação exclusiva do Paracetamol para tratamento da dengue por décadas, a classe médica e mesmo a população, que passou a fazer uso desta droga por automedicação, adotou o falso conceito de sua eficácia e segurança farmacológica, evidentemente contando com o oportuno marketing agressivo da Janssen-Cilag, marca detentora da patente do princípio ativo Paracetamol, conhecido pelo nome fantasia Tylenol , propriedade do grupo Johnson & Johnson do Brasil Ind. Com. de Produtos para Saúde Ltda.
Desde sempre se soube que o medicamento Paracetamol apresenta importante hepatoxicidade, sendo possível traçar um paralelo a partir do seu lançamento na década de 50 com a ocorrência dos primeiros casos de dengue hemorrágica, uma vez que desde sempre a dengue foi considerada uma doença benigna. Mesmo assim, passou despercebido à classe médica que em 1995, o Paracetamol respondia por 58% dos casos de insuficiência hepática nos EUA e em 1.999, já representava a principal causa de insuficiência hepática aguda na Inglaterra.
É sabido que o fígado lesado em até 80% pela intoxicação pelo Paracetamol, não manifesta sintomatologia nas primeiras 72 horas, podendo inclusive evoluir silenciosamente. No 4º dia pós-intoxicação, o indivíduo apresenta súbita dor abdominal, hipotensão, hipotermia, transtornos da coagulação com hemorragias, choque cardiovascular, podendo evoluir para óbito. Aqui chamamos a atenção para o fato destes sintomas, intoxicação aguda pelo Paracetamol, serem exatamente os mesmos sintomas atribuídos à dengue hemorrágica e síndrome do choque da dengue. Esta apavorante coincidência nos coloca diante da mais grave iatrogenia (efeitos adversos) médica registrada em nosso país desde a tragédia da Talidomida em 1.950.
Assim, Dr. Renan Marino, peticionou ao Ministério Público Federal, propondo uma representação contra o Ministério da Saúde para que a continuidade da indicação do Paracetamol pelo Ministério da Saúde nos casos de dengue que representa um fato grave e despropositado que fere o bom senso e a lógica científica, seja imediatamente suspensa nestes casos, no mínimo pelo período em que seja possível um maior aprofundamento no estudo das questões levantadas e embasadas em observações clínicas, estudos e literatura nacional e internacional, publicadas sobre o assunto para que não continuemos incorrendo em omissão, negligência, imperícia e imprudência, salvaguardando desta forma o direito à vida e à saúde da população brasileira, que vem sendo sistematicamente exposta a sérios riscos perfeitamente evitáveis, por absoluto e inaceitável descaso das autoridades sanitárias, uma vez que entre nós a dengue não tem sido uma exceção, mas sim um fato quase cotidiano.
Texto resumido pelo Blog com revisão do Dr. Renan Marino
Fotos do Blog
Parabéns, excelente matéria....
ResponderExcluirPor favor divulguem.
O que seria melhor usar então no caso de dengue: dipirona? e no caso de bebês?
ResponderExcluirOi Daniel,
ResponderExcluirpode ser usado tanto dipirona,que é a melhor opção no caso de dengue,ou o ibuprofeno gotas (50mg/ml).
abraço,Renan.
OLA
ResponderExcluirBOM DIA ENTAO ATE MESMO EM OUTROS CASOS QUE NAO SEJA DENGUE,TIPO REAÇAO DE VACINA ,FEBRES DE RESFRIADOS NAO SE RECOMENDA O USO DO PARACETAMOL ,EU USO O PARACETAMOL BEBE OU TYLENOL BEBE NO MEU BEBE DE 1 ANO
GRATA
ESSE 'MITO' DE QUE PARACETAMOL MATA,JÁ FOI DESMASCARADO PELO E-FARSAS.COM, HÁ TEMPOS!
ResponderExcluirUma rápida busca por “Dr Renan Marinho” no Google nos leva à página do próprio doutor, onde ele mesmo explica (em 2011!) que NÃO é de sua autoria o texto que circula pela web e atribuído a ele!
A notícia é FALSA!! E, ao inventar trechos e dar o tom alarmista ao texto, o autor se perdeu e acabou criando uma lenda que dura há mais de uma década na web.
Caro Antenor. Não sei se entendi bem sua colocação, entretanto, esse texto é do próprio Dr. Renan, resumido com sua supervisão e apenas publicado pelo blog. Obrigado
ExcluirDaniel, antes de reproduzir algo errado, você deveria ter buscado OUTRA FONTE de informação.
ResponderExcluirEntrevistar o próprio autor do email falso vai achar a mesma informação e pensar que lea é verdadeira.
Essa notícia foi desmascarada porque esse professor inventou isso e é mentira.
Leia: http://verdadeparacetamol.blogspot.com.br/