Muitos anos como beneficiário desse plano de saúde UNIMED e evidentemente passando por todas as alegrias e dissabores dos dependentes de planos de saúde no Brasil. Durante todo esse tempo vi ocorrerem mudanças de planos, ora para Unimed Federação ora Unimed Curitiba, ora no plano apartamento ora no enfermaria, ora em co-participação ora com o plano pleno, tudo isso em função de situações de reajustes sempre superiores aos concedidos aos salários, nos deixando sempre a mercê de governos insensíveis com suas políticas mesquinhas.
Trata-se de um caso “sui generis” o que acontece conosco e, quiçá, com outros beneficiários. Somos cativos da Unimed pois no momento em que tivemos um filho nascido com uma doença genética, que é degenerativa progressiva, já estávamos filiados ao plano e a partir daí nenhum outro plano aceita nossa migração com essa pré-existência.
Estamos residindo em São Paulo já que o tratamento tem especialidade aqui e todas as terapias são conhecidas e utilizadas, além do mais, o Instituto Genoma e Abdim, que tratam a Distrofia Muscular, são os que, no Brasil, estão mais preparados para tanto.
O plano Unimed Federação nos dava maiores e melhores atendimentos fora do Paraná, um plano já não muito considerado aqui na capital e é essa preocupação terá que direcionar os diretores do Sindafep quando da renovação do contrato do plano de saúde e não somente aquele que oferece o menor reajuste, pois esse pode não ser o melhor.
Evidentemente, essa pode ser uma saída que vai contra a maioria dos senhores beneficiários residentes em Curitiba ou no Paraná, mas é bom lembrar que a qualquer momento poderão necessitar de um atendimento médico não realizável em sua cidade, como nós ora necessitamos, e, assim sendo, todas as angústias e temores se farão presentes.
Em casos específicos, de doenças mais graves, degenerativas progressivas, o Sindafep não pode desguarnecer seus associados e deixá-los à mercê do call centers dos planos é preciso um atendimento ímpar.
Não se trata somente de discutir o qual é mais “barato” ou o que oferece o menor reajuste, como sempre foi feito, trata-se de procurar aquele que atenda melhor à classe, levando-se em conta o universo de filiados e considerando-se também aposentados e pensionistas, que é uma grande parcela dos associados e os que, em função da idade, mais necessitam de um atendimento eficiente.
Temos que estabelecer como meta principal nas discussões para renovações de contratos, as faixas etárias dos auditores (veja quadro), já que não é um conjunto tão jovem e também como aumentar o universo de filiados para melhorar o poder de barganha no momento de renovar. Urge manter vigilância aos abusos e procedimentos desnecessários que agravam o custo benefício, tornam o plano deficitário e dificultam as negociações.
Faixa Etária – Fiscais Ativos e Filiados
Faixa Etária Acumulado %
Até 40 Anos(*) 130 14,1%
41 a 45 Anos 214 23,1%
46 a 50 Anos 205 22,2%
51 a 55 Anos 186 20,1%
51 a 60 Anos 117 12,6%
61 a 65 Anos 50 5,4%
66 a 69 Anos 23 2,5%
TOTAL 925 100,0%
(*) Observamos que as faixas iniciam aos 35 anos.
(Fonte-Boletim Sindafep)
No ano vindouro teremos novamente a discussão e renovação do contrato e apelamos para que não ocorra simplesmente a aclamação do mais barato de novo. Aquele será o momento da discussão e de inserção de cláusula contratual específica para os casos citados, se possível, objetivando resguardar judicialmente, antecipando uma liminar, se for o caso, para garantir a proteção do associado necessitado e seus dependentes, evitando o desamparo total no momento em que a prestadora descumpre o contrato, o que, certamente ocorrerá, num momento qualquer.
Institucionalizar um atendimento diferenciado em casos graves não é um privilégio, é um direito!
Lembro-me que Unimed Federação mantinha um funcionário com poderes para resolver as liberações com rapidez e presteza nos casos especiais, o que, a Unimed Curitiba também possui, porém se faz mister que todos os citados possam utilizá-lo. Essa é a questão!
A doença não pode esperar!
(Texto Daniel MM - Artigo Notifisco)
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